Avaliação da Qualidade da Imagem em Tomossíntese Digital Mamária
DOI:
https://doi.org/10.29384/rbfm.2025.v19.19849001830Palavras-chave:
Tomossíntese digital mamária, Controle de qualidade, Qualidade da imagem reconstruídaResumo
A modalidade de imagem mais utilizada para detecção precoce do câncer de mama é a mamografia. Contudo, ela apresenta limitações, uma vez que obtém imagens bidimensionais de uma estrutura tridimensional, gerando sobreposição de tecidos. A implementação da tomossíntese digital mamária (TDM), possibilita minimizar essa condição, permitindo diagnósticos mais precisos. No entanto, para garantir que sejam adquiridas imagens com qualidade diagnóstica, é importante que sejam realizadas avaliações periódicas no equipamento. No Brasil, há poucos estudos sobre o controle de qualidade em TDM, e ainda não foram estabelecidos limites específicos em normas nacionais. Dessa forma, os testes realizados nesse estudo foram baseados em protocolos internacionais, como o Protocolo da Sociedade Espanhola de Física Médica (SEFM), Protocolo para o Controle de Qualidade dos aspectos físicos e técnicos de sistemas digitais de Tomossíntese Mamária da European Reference Organisation for Quality Assured Breast Screening and Diagnostic Services (EUREF) e os utilizados pela National Health Service Breast Screening Programme (NHSBSP), a fim de estabelecer uma linha de base local. Foram realizadas avaliações quantitativas, através do cálculo da razão sinal-ruído (RSR) e razão contraste-ruído (RCR), e avaliações qualitativas, por meio da inspeção visual em busca de artefatos e não-homogeneidades; e da capacidade do sistema em identificar os grupos de microcalcificações, massas e fibras, através do Phantom ACR (American College of Radiology). Os resultados indicam boa concordância nos testes qualitativos e quantitativos, com imagens homogêneas ao longo do volume reconstruído. Observou-se uma redução da RCR nos volumes reconstruídos em comparação aos dados brutos, possivelmente atribuída ao algoritmo de reconstrução. A RSR variou de forma satisfatória, permanecendo abaixo do limite de 20%, demonstrando a capacidade do equipamento em lidar com diferentes áreas densas. Nos testes de repetibilidade e DGM, os resultados ficaram abaixo dos limites de referência, e o desempenho no simulador ACR manteve-se dentro das especificações do fabricante.
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